Cavalcante pretende se reunir com Hugo Motta, presidente da Câmara e integrante do partido Republicanos, na esperança de evitar uma nova onda de obstrução. Em agosto, a pressão da oposição levou à urgência do projeto de anistia, evitando que o mesmo passasse pelas comissões. No entanto, o deputado Paulinho da Força, encarregado de relatar a proposta, fez alterações significativas, reduzindo sua abrangência para tratar apenas da redução de penas, o que gerou descontentamento entre os opositores.
Recentemente, Paulinho sugeriu que a detenção de Bolsonaro pode acelerar a votação do projeto, o que sinaliza uma mudança estratégica após o impacto da prisão do ex-presidente. Segundo ele, a prisão poderá facilitar as negociações que envolvem a votação do projeto, que é visto por muitos como uma tábua de salvação para aliados do ex-presidente.
Entretanto, a obstrução do plenário pode resultar em sérias consequências para o andamento legislativo, afetando diretamente a aprovação do orçamento para 2026, uma tarefa urgente que deve ser concluída até o recesso de dezembro. O não cumprimento desse prazo pode acarretar na suspensão de investimentos federais e na retenção de emendas parlamentares, especialmente em um ano eleitoral, onde a liberação de recursos se torna ainda mais sensível.
Portanto, o clima de instabilidade se intensifica conforme os parlamentares se preparam para os próximos desdobramentos, que poderão não apenas impactar a votação da anistia, mas também o próprio funcionamento da Câmara e a governabilidade do governo federal. A expectativa é alta e a contagem regressiva para a votação começa a gerar tensões que podem culminar em novas reviravoltas na política brasileira.
