A operação é um desdobramento da Operação Mercato Clauso e de acordo com as investigações, os valores utilizados para a compra de votos eram provenientes de um esquema de caixa 2, envolvendo contratos públicos direcionados a empresas ligadas à organização criminosa, que posteriormente os destinava ao financiamento ilícito de campanhas eleitorais.
Como resultado da ação, foram cumpridos dois mandados de prisão preventiva, sete mandados de busca e apreensão, e aplicadas medidas cautelares a cinco investigados, incluindo recolhimento domiciliar noturno e o uso de tornozeleira eletrônica. As buscas se concentraram em endereços na cidade de Fortaleza (CE).
Além disso, houve autorização para o compartilhamento dos dados investigativos com as Promotorias Eleitorais de Canindé e Choró, a fim de subsidiar possíveis ações impugnativas no âmbito eleitoral. As informações também serão repassadas à Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública (CGD), visando aprofundar as investigações sobre o suposto envolvimento de servidores públicos cooptados pelo grupo.
Por fim, os dados serão disponibilizados à Procuradoria de Justiça dos Crimes contra a Administração Pública (Procap), para auxiliar nas apurações de fraudes em processos licitatórios relacionadas às atividades da organização criminosa.
A Operação Vis Occulta marca mais um passo importante no combate à corrupção eleitoral no estado do Ceará, demonstrando a atuação eficaz e conjunta das forças de segurança e do Ministério Público no combate ao crime organizado.