No entanto, a Operação Verão também foi alvo de críticas devido à alta letalidade policial, que resultou em 56 mortes pela polícia durante os 105 dias de atuação. Familiares de algumas vítimas alegam que inocentes foram incluídos nesse número, gerando polêmica em torno da conduta dos policiais envolvidos.
O governo estadual nega irregularidades e informa que está investigando os casos em que houve mortes pela polícia. A SSP também justifica a necessidade do policiamento ostensivo na região devido ao avanço do crime organizado, que tem representado uma ameaça crescente para a segurança local.
Segundo dados fornecidos pela SSP, os índices de roubos em Santos, São Vicente e Guarujá diminuíram significativamente no primeiro bimestre de 2024 em comparação com o mesmo período do ano anterior. Fevereiro de 2024, inclusive, registrou a menor taxa de roubos da série histórica desde 2001 em toda a Baixada Santista.
O encerramento da Operação Verão está sendo acompanhado pelo aumento do efetivo policial permanente nas principais cidades da região. Cerca de 341 PMs passaram a atuar na Baixada Santista desde o final de fevereiro, com previsão de mais policiais civis serem formados ao longo deste ano.
Apesar disso, entidades da sociedade civil como a ONG Conectas e a Comissão Arns denunciaram o que chamaram de “operações letais e escalada da violência policial” na Baixada Santista ao Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra. O Governador Tarcísio de Freitas ironizou as denúncias, mostrando confiança nas ações realizadas.
O secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, elogiou os resultados da Operação Verão, destacando a captura de importantes alvos e a redução dos índices criminais na região. No entanto, a atuação do Primeiro Comando da Capital (PCC) na região continua representando um desafio, com a utilização de mergulhadores para transportar drogas pelo Porto de Santos.
