Operação Templo Perdido Investiga Contrato de R$ 196 Milhões da Saúde em Santa Catarina por Suspeitas de Corrupção e Superfaturamento



Nesta quarta-feira, a Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU) deflagraram a operação Templo Perdido, que investiga um contrato no setor de saúde que envolve cerca de R$ 196 milhões em Santa Catarina. O foco da ação é a suspeita de irregularidades, incluindo subcontratações ilegais, superfaturamento de serviços e o recebimento de vantagens indevidas, todos esses indícios relacionados a um esquema operacional que impacta diretamente os recursos do Sistema Único de Saúde (SUS).

A operação, que contou com a autorização da 1ª Vara Federal de Florianópolis, mobilizou 63 policiais federais e 10 auditores da CGU. Mandados de busca e apreensão foram cumpridos em diversos municípios, incluindo Florianópolis, São José, Biguaçu, Palhoça, Criciúma, Araranguá e até Curitiba, no Paraná. Este desdobramento evidencia a amplitude das investigações.

No centro da apuração está um contrato firmado entre a Secretaria Estadual de Saúde de Santa Catarina e uma Organização Social, visando a gestão de uma Unidade de Saúde de referência materno-infantil na região sul do estado, com serviços que vão desde atendimentos de urgência a uma UTI pediátrica. A Unidade, que possui 125 leitos e oferece atendimento em 21 especialidades médicas, também conta com um Banco de Leite Humano, essencial para atender recém-nascidos e prematuros.

As investigações tiveram início com uma nota técnica da CGU, que levantou preocupações sobre as práticas da organização, sinalizando que esta, conforme as apurações, estaria subcontratando empresas ligadas a seus gestores. Além do superfaturamento, há indícios de que os ex-dirigentes da entidade teriam se beneficiado de vantagens financeiras, levantando questões graves sobre a ética e a legalidade nas gestões de contratos públicos.

Os envolvidos na operação poderão responder por crimes como peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa, o que ressalta a seriedade das investigações em curso. As autoridades ressaltam que a sequência dessas operações é vital para assegurar a integridade dos recursos públicos e a qualidade do atendimento à saúde da população.

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