Na quinta fase da operação, ocorrida em 17 de junho, dois outros suspeitos foram presos preventivamente, elevando o número total de detenções. Ao longo da operação, a Justiça expediu 211 mandados de busca e apreensão em 13 estados e no Distrito Federal. Além disso, foram emitidos seis mandados de prisão temporária e ordens que visam o sequestro de bens que ultrapassam a impressionante quantia de R$ 1 bilhão.
A CGU revelou que entre os anos de 2019 e 2024, as atividades fraudulentas dos investigados geraram um rombo estimado em R$ 6,3 bilhões, devido a descontos associados que ocorriam sem autorização dos beneficiários. Como parte das repercussões das investigações, seis servidores públicos foram afastados de suas funções.
Em um desdobramento paralelo, o Tribunal de Contas da União (TCU) iniciou uma investigação voltada para o Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da Força Sindical (Sindnapi). A entidade conta com um de seus diretores, Frei Chico, que é irmão do presidente Lula. Relatórios da CGU indicam que impressionantes 76,9% dos beneficiários que tiveram descontos associados ao Sindnapi nunca consentiram com essas cobranças.
A receita do Sindnapi teve um aumento explosivo, saltando de R$ 23 milhões em 2020 para R$ 154 milhões em 2024. Em resposta a essa crescente suspeita, o ministro Aroldo Cedraz determinou inspeções aprofundadas no INSS, no Ministério da Previdência e na Dataprev, a fim de elucidar essa complexa teia de fraudes que afeta os aposentados e pensionistas brasileiros. A operação não só revela a magnitude do problema, mas também ressalta a necessidade urgente de uma fiscalização mais rígida e a proteção dos direitos dos beneficiários do sistema previdenciário.