Operação Sem Desconto: Polícia Federal desmantela esquema que causou prejuízo de R$ 6,3 bilhões em fraudes no INSS com prisões e apreensões em todo o Brasil.

A Operação Sem Desconto, lançada pela Polícia Federal em colaboração com a Controladoria-Geral da União (CGU), está desencadeando um intenso combate às fraudes relacionadas a descontos indebidos nas aposentadorias e pensões do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Desde o início da operação, que começou em abril, já foram detidos oito indivíduos, sendo que seis deles foram apreendidos na primeira fase, no Ceará. Esses indivíduos são empresários que mantinham laços com associações que já não tinham credenciamento, mas que, de alguma forma, estavam engajadas em acordos com o INSS.

Na quinta fase da operação, ocorrida em 17 de junho, dois outros suspeitos foram presos preventivamente, elevando o número total de detenções. Ao longo da operação, a Justiça expediu 211 mandados de busca e apreensão em 13 estados e no Distrito Federal. Além disso, foram emitidos seis mandados de prisão temporária e ordens que visam o sequestro de bens que ultrapassam a impressionante quantia de R$ 1 bilhão.

A CGU revelou que entre os anos de 2019 e 2024, as atividades fraudulentas dos investigados geraram um rombo estimado em R$ 6,3 bilhões, devido a descontos associados que ocorriam sem autorização dos beneficiários. Como parte das repercussões das investigações, seis servidores públicos foram afastados de suas funções.

Em um desdobramento paralelo, o Tribunal de Contas da União (TCU) iniciou uma investigação voltada para o Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da Força Sindical (Sindnapi). A entidade conta com um de seus diretores, Frei Chico, que é irmão do presidente Lula. Relatórios da CGU indicam que impressionantes 76,9% dos beneficiários que tiveram descontos associados ao Sindnapi nunca consentiram com essas cobranças.

A receita do Sindnapi teve um aumento explosivo, saltando de R$ 23 milhões em 2020 para R$ 154 milhões em 2024. Em resposta a essa crescente suspeita, o ministro Aroldo Cedraz determinou inspeções aprofundadas no INSS, no Ministério da Previdência e na Dataprev, a fim de elucidar essa complexa teia de fraudes que afeta os aposentados e pensionistas brasileiros. A operação não só revela a magnitude do problema, mas também ressalta a necessidade urgente de uma fiscalização mais rígida e a proteção dos direitos dos beneficiários do sistema previdenciário.

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