Operação Revela Facção em Alagoas com Fraudes Contra Idosos e Núcleo Violento que Silenciava Delatores com Assassinatos Brutais

Durante as investigações de uma operação recente desencadeada pela Polícia Civil de Alagoas, intitulada Operação Falso Consignado, novas revelações alarmantes emergiram. A organização criminosa em questão, que há meses realizava fraudes contra idosos, também mantinha um núcleo violento cuja função era silenciar indivíduos considerados ameaças ao grupo.

Conforme a apuração, esse braço armado se responsabilizava pela eliminação de pessoas identificadas como “cabuetas” — termo que designa aqueles que denunciavam ou contrariavam as ordens do líder da quadrilha. Um caso particularmente chocante ocorreu em maio de 2024, em Marechal Deodoro, onde uma mulher, utilizada como laranja na operação criminosa, foi assassinada por ordem do chefe do grupo. Além disso, as investigações revelaram que o líder da quadrilha planejava a morte da própria ex-esposa.

A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) informou que essa estrutura violenta operava em estreita colaboração com os responsáveis pelas fraudes financeiras, garantindo que potenciais delatores se calassem. Essa sinergia entre a violência e as fraudes financeiras sugere que o grupo pode estar envolvido em outros assassinatos no Estado, o que reforça a preocupação das autoridades sobre o potencial de violência da facção.

O líder da organização, que já cumpria pena no Presídio de Segurança Máxima por homicídio qualificado, agora enfrenta novas acusações – incluindo estelionato, lavagem de dinheiro e organização criminosa. As evidências coletadas confirmam que a violência utilizada pelo bando não é apenas uma tática de intimidação, mas sim uma estratégia sistemática para manter o controle e a impunidade sobre suas atividades criminosas.

Nesta terça-feira, 19, a Operação Falso Consignado foi oficialmente lançada, com a Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado da Polícia Civil executando 15 mandados de busca, além de um mandado de prisão preventiva contra o líder da quadrilha, que já se encontra detido no PSM. O esquema criminoso, que utilizava documentos falsos para realizar empréstimos consignados em nome de idosos, era projetado para esgotar as margens de crédito das vítimas, movimentando significativas quantias de dinheiro de forma ilícita. Com o envolvimento do braço armado, as fraudes não só se tornaram mais audaciosas, mas também mais perigosas.

Sair da versão mobile