As investigações revelaram que membros de uma facção predominante no tráfico de drogas do oeste baiano se estabeleceram em Maceió, adotando identidades falsas como uma estratégia para escapar da Justiça enquanto adquiriam propriedades e outros bens. Essa tática visava não apenas ocultar suas verdadeiras identidades, mas também integrar o produto de seus crimes na economia formal.
A primeira fase da operação, ocorrida em 11 de julho deste ano, já havia resultado na execução de três mandados de prisão e quatro de busca e apreensão. As ações se concentraram em apartamentos situados no bairro de Ponta Verde, um dos endereços mais nobres da cidade. Com a análise do material apreendido, os investigadores conseguiram traçar a rota do dinheiro e identificar outras localidades envolvidas no esquema, como João Pessoa, na Paraíba, e Bom Jesus da Lapa, na Bahia.
O desdobramento das investigações permitiu uma ação mais abrangente nesta segunda fase, com o cumprimento de 12 mandados de busca e apreensão e 11 de prisão em três estados: Alagoas, Bahia e Paraíba. Além disso, foram sequestrados bens valiosos, incluindo cinco veículos e um jet ski, supostamente adquiridos com o lucro gerado pelo tráfico.
As ordens foram expedidas pela 17ª Vara Criminal da Capital, reforçando o compromisso das autoridades em não só punir os responsáveis, mas também em enfraquecer financeiramente a facção criminosa, visando sua descapitalização e identificação de outros envolvidos na lavagem de dinheiro.
A operação é um passo importante na busca por justiça e segurança, evidenciando o empenho das forças de segurança em combater o crime organizado. Se condenados, os envolvidos poderão enfrentar penas que somam mais de 20 anos de reclusão, conforme as tipificações dos crimes investigados. O processo segue tramitando com a análise das provas recolhidas e o depoimento dos suspeitos presos.
