As autoridades sul-coreanas cancelaram uma operação que tinha como objetivo prender o presidente deposto, Yoon Suk Yeol, na última sexta-feira (3/1). A tentativa de detenção foi impedida devido ao bloqueio feito pela segurança presidencial no acesso à residência do político, destituído do cargo após uma tentativa fracassada de impor a Lei Marcial.
O Escritório de Investigação de Corrupção (COI), responsável pela execução da prisão, informou que a operação foi cancelada por volta das 13h30, após um impasse de três a quatro horas entre os agentes do COI, policiais e a segurança presidencial, que se recusou a fornecer acesso à casa.
Segundo um porta-voz do COI, a decisão de suspender a prisão foi tomada devido ao confronto contínuo e à preocupação com a segurança das pessoas no local. Cerca de cem apoiadores do presidente deposto se reuniram ao redor da residência, tentando bloquear a ação dos agentes.
Yoon Suk Yeol enfrenta acusações criminais de insurreição, que podem resultar em pena de prisão perpétua ou de morte. Na terça-feira, um tribunal de Seul emitiu um mandado de prisão para o ex-presidente após ele não comparecer a interrogatórios e tentativas de busca nos seus escritórios.
O presidente deposto declarou Lei Marcial em 3 de dezembro, concedendo poderes aos militares e restringindo liberdades políticas, porém a medida foi suspensa seis horas depois. Yoon pode se tornar o primeiro presidente em exercício a ser preso na história da Coreia do Sul, e sua situação só será definitivamente definida após análise da Suprema Corte constitucional em relação ao impeachment.
Por enquanto, o presidente Yoon Suk Yeol permanece em seu cargo simbolicamente, aguardando desdobramentos dessa situação delicada. A população coreana segue atenta às próximas movimentações políticas, que poderão alterar significativamente o cenário nacional.
