Durante as investigações, foi constatado que os desvios foram realizados por meio de uma organização social que mantinha contratos com o Governo do Estado. Essa organização, por sua vez, subcontratava empresas ligadas a políticos e administradores do próprio grupo, o que possibilitava o retorno de parte do dinheiro recebido para os políticos e administradores, prática essa que fere a legislação vigente.
Além do crime de peculato, também estão sendo apurados os delitos de corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro. As penas máximas para cada um desses crimes somadas podem ultrapassar os 40 anos de reclusão. A Operação Panaceia contou com o apoio da Receita Federal do Brasil e da Controladoria Geral da União ao longo das investigações.
O nome escolhido para a operação, Panaceia, faz referência à deusa grega da cura e, historicamente, passou a ser associado a simpatias e remédios supostamente capazes de curar todos os males. A escolha do nome não foi aleatória e reforça a intenção dos órgãos responsáveis de restaurar a integridade e promover a justiça diante dos desvios detectados no setor da saúde pública.