De acordo com informações da PF, Ítallo Almeida utilizou sua posição para favorecer empresas ligadas ao empresário Alex Parente, apontado como líder da organização criminosa. Em troca, Ítallo teria recebido vantagens ilícitas através de terceiros, totalizando o montante de R$ 172.590,00 transferidos para contas indicadas por ele.
As investigações revelaram trocas de mensagens entre Ítallo e Alex Parente, nas quais eram repassadas informações bancárias para recebimento de valores. o ex-diretor apagava as mensagens logo após o recebimento dos recursos, dificultando a identificação das transações.
O pedido de prisão preventiva foi feito pela PF e ratificado pela Justiça. A desembargadora Danielle Maranhão, do TRF-1, negou o habeas corpus em 14 de janeiro. A Procuradoria Regional da República notificou o caso ao Supremo Tribunal Federal (STF), onde o ministro Kassio Nunes Marques é o relator do processo e avaliará a situação do ex-diretor.
A Operação Overclean investiga um esquema de corrupção que movimentou cerca de R$ 1,4 bilhão através de fraudes em licitações e contratos públicos. Além de Ítallo Almeida e Alex Parente, os empresários Alex Rezende Parente, Fábio Rezende Parente e José Marcos Moura estão entre os principais alvos da operação. As empresas Allpha Pavimentações e Serviços de Construção, Larclean Saúde Ambiental e Qualymulti Serviços foram utilizadas para fraudar contratos públicos dentro do esquema criminoso.