Os irmãos Alex e Fábio Parente, juntamente com José Marcos de Moura, conhecido como Rei do Lixo na Bahia, são apontados como líderes do esquema descoberto pela PF. Moura teria sido responsável pelo aluguel da aeronave onde foram encontrados documentos que levaram a novas descobertas na investigação sobre desvios em contratos do DNOCS, estados e municípios.
A segunda fase da operação Overclean, realizada em 23 de dezembro, resultou na prisão de um policial federal, do vice-prefeito de Lauro de Freitas (BA), do secretário de Mobilidade Urbana de Vitória da Conquista (BA) e de um operador do grupo. Apesar disso, todos foram soltos pouco tempo depois.
A PF afirmou que os documentos apreendidos na aeronave indicavam um controle informal de pagamentos de propina, realizados através de esquemas de lavagem de dinheiro. As anotações encontradas eram consideradas uma contabilidade clandestina de repasses de propina para atender aos interesses do grupo.
Atualmente, a Polícia Federal continua a analisar o material apreendido para identificar outros destinatários de propina mencionados nos documentos por meio de siglas. Advogados dos envolvidos na operação alegam que as acusações são baseadas em presunções e que seus clientes não têm ligação com os crimes investigados.
Neste cenário de corrupção em larga escala, as investigações da Polícia Federal revelam um intrincado esquema de desvio de verbas públicas e pagamento de propina, envolvendo autoridades, empresários e servidores. A partir das informações obtidas nesta ação controlada, novos desdobramentos são aguardados para desvendar a extensão e os envolvidos nessas práticas ilícitas.
