As investigações revelaram que o grupo criminoso tinha uma estrutura bem definida e organizada, transportando grandes quantidades de cocaína em meio a carregamentos de flores colhidas na cidade paulista de Holambra. Participando da ação, cerca de 200 policiais cumpriram 23 mandados de prisão temporária e 46 de busca e apreensão em várias regiões, incluindo Ceilândia, Samambaia, Guará, Águas Claras, Taguatinga, Gama, São Paulo, Foz do Iguaçu, Valparaíso e Goiânia.
Além das prisões e apreensões, as autoridades também pediram o bloqueio de 20 contas bancárias, com um limite de R$ 10 milhões, e de pessoas jurídicas usadas para lavar o dinheiro, com um limite de R$ 100 milhões. O líder do esquema criminoso foi identificado residindo em um condomínio na Ponte Alta, no Gama, juntamente com sua esposa, que atuava como operadora financeira da organização criminosa.
A estrutura criminosa ainda contava com pelo menos três empresas de fachada em São Paulo, utilizadas para lavar o dinheiro do tráfico. Um motorista, funcionário de uma floricultura do DF, aproveitava as viagens até São Paulo para buscar flores e misturar os carregamentos de drogas entre os ramos de plantas, a fim de evitar a fiscalização nas rodovias.
Quando a droga chegava ao Distrito Federal, era distribuída entre pequenos traficantes, encarregados de realizar a venda no varejo. O motorista recebia uma quantia em dinheiro ao buscar a carga em São Paulo e um valor adicional ao chegar com sucesso ao destino no DF. A operação Oleandro expôs um esquema complexo e lucrativo, que operava de forma clandestina e perigosa, colocando em risco a segurança e a saúde da população.