Operação no Sol Nascente derruba construções irregulares em área protegida, provocando protestos e resistência de moradores durante desocupação coordenada pelo GDF.



Na tarde da última quarta-feira, uma operação de desocupação em Sol Nascente resultou na demolição de várias construções irregulares. A ação foi coordenada pela Secretaria DF Legal, contando com o apoio da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) e outros órgãos do Governo do Distrito Federal (GDF).

O principal objetivo da operação foi combater a expansão de um parcelamento irregular que surgia em uma área pública entre a Unidade Básica de Saúde 15 e o Terminal Rodoviário da QNR. Segundo informações oficiais, o local vinha sendo ocupado de maneira desordenada. As construções realizadas sem autorização e a demarcação de novos lotes irregulares contribuíam para um avanço descontrolado sobre a área.

Importante destacar que a região invadida faz parte de uma Área de Proteção Ambiental (APA), localizada próxima a uma Área de Preservação Permanente (APP) e fora dos limites de regularização urbana estabelecidos. Dessa forma, a ocupação não apenas prejudicava a organização territorial, mas também comprometia a preservação ambiental.

Durante a operação, alguns invasores tentaram resistir às demolições, chegando até a atacar um ônibus, que foi parcialmente incendiado em um ato de protesto. Felizmente, as chamas foram controladas rapidamente e não houve feridos.

Ao todo, 30 edificações, incluindo 11 que estavam habitadas durante a intervenção, foram demolidas. A ação também resultou na eliminação de 25 fossas sépticas e na remoção de aproximadamente quatro mil metros de cercamento. Além disso, dois pontos centrais de energia foram desligados para garantir a segurança durante o processo.

A presença das forças de segurança foi direcionada, mas o momento também contou com a participação da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), que ofereceu suporte aos moradores afetados. Apesar dos esforços, apenas oito atendimentos sociais foram realizados, sendo que as famílias não aceitaram os auxílios oferecidos.

A operação foi finalizada por volta das 15h40 e, até o momento, não houve registros de conflitos que resultassem em feridos. O caso continuará sob a supervisão dos órgãos competentes, que acompanharão a situação na área.

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