Operação mira empresário contratado pela prefeitura de Patos (PB) com verba de emenda parlamentar enviada por Hugo Motta. Investigação em andamento.



Na manhã desta quinta-feira, o Ministério Público Federal (MPF), em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU) e a Polícia Federal, deflagrou uma operação que tem como alvo um empresário contratado pela prefeitura de Patos, município localizado a 303 quilômetros de João Pessoa, capital da Paraíba. A investigação teve início a partir de verbas de emenda parlamentar destinadas pelo deputado federal Hugo Motta, do Republicanos da Paraíba, este último que não é alvo das investigações.

Durante a ação, foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão nos endereços da construtora Engelplan e do empresário responsável pelo contrato com a prefeitura de Patos. Vale ressaltar que o prefeito da cidade, Nabor Wanderley, também pai de Hugo Motta, não está sob investigação no caso em questão.

Até o momento, Nabor e a Engelplan não se pronunciaram sobre o ocorrido. Por sua vez, Hugo Motta, por meio de sua assessoria, destacou que confia nos órgãos de fiscalização financeira e controle e ressaltou a importância de respeitar o devido processo legal para apuração de possíveis irregularidades.

É importante destacar que o deputado Hugo Motta destinou, por meio de um orçamento secreto, a quantia de R$ 5 milhões para o Ministério de Desenvolvimento Regional no ano de 2020, durante o governo Bolsonaro. Esses recursos tinham como destino final o município de Patos, conforme informado pelo próprio parlamentar ao Supremo Tribunal Federal (STF), visando apoiar projetos de reabilitação e urbanização acessível em áreas urbanas.

O contrato entre a prefeitura de Patos e o Ministério do Desenvolvimento Regional foi firmado em dezembro de 2020, totalizando um montante de R$ 5 milhões, sendo R$ 4,78 milhões provenientes da verba parlamentar de Hugo Motta e R$ 285 mil de recursos municipais.

As investigações em curso apontam indícios de irregularidades, como vínculos entre a empresa vencedora da licitação e agentes públicos da prefeitura de Patos. O MPF informou que as apurações buscam esclarecer suspeitas de pagamento irregular em contrato administrativo, crimes tributários, superfaturamento e lavagem de dinheiro. A situação segue em andamento e novas informações poderão surgir à medida que a investigação avança.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!


Botão Voltar ao topo