As prisões ocorreram em diferentes localidades, com um mandado cumprido em Maceió, três em Petrolina, Pernambuco, e outro em Japaratinga, Alagoas. Além disso, oito mandados de busca e apreensão foram realizados nos mesmos locais. A operação contou com o apoio de policiais militares dos Batalhões de Trânsito, Rodoviário e Ambiental de Alagoas, assim como das Polícias Militar e Civil de Pernambuco.
Durante a ação, foram apreendidos R$828 mil em um dos locais investigados, juntamente com dados telemáticos e automóveis de luxo. Segundo informações do Ministério Público, o líder da organização criminosa ostentava seu poder econômico ao adquirir um Porsche que pertenceu ao ex-jogador da Seleção Brasileira, Daniel Alves. Outros bens, como um hotel fazenda na Bahia, também foram apreendidos durante a diligência.
A 17ª Vara Criminal da Capital determinou o bloqueio e sequestro de bens dos denunciados no valor de R$46 milhões. A principal empresa alvo da operação era propriedade de um casal apontado como líder da organização criminosa. A cooperativa de fachada oferecia diversos serviços típicos da administração pública, como coleta de resíduos sólidos, limpeza de ruas e até mesmo profissionais para funções diversas.
Durante 14 meses de investigação, a Promotoria de Justiça de Cajueiro desmantelou a organização criminosa que atuava de forma a burlar o princípio do concurso público. Através de uma pseudocooperativa de serviços, o grupo firmou contratos milionários com diversos municípios alagoanos, movimentando valores expressivos. Vale ressaltar que os contratos eram estabelecidos por meio de licitações “por carona”, facilitando a contratação.
Após a suspensão dos contratos, solicitada pelo Ministério Público e acatada pela 17ª Vara Criminal da Capital, foi possível interromper a sangria aos cofres públicos. A investigação apontou que membros da mesma organização criminosa atuam em outras falsas cooperativas de prestação de serviços, com contratos em mais municípios da região. O montante envolvido nessas operações ainda está sendo calculado.
Portanto, a “Operação Maligno” revela a atuação de uma rede criminosa sofisticada, especializada em desvios de dinheiro público e fraudes na administração pública. O Ministério Público segue trabalhando para combater essas práticas ilícitas e garantir a integridade dos recursos destinados ao bem-estar da população.
