Operação Maligno: Ministério Público prende cinco acusados por desvio de dinheiro público e fraude em licitações e contratos.

Na manhã desta quinta-feira (16), uma operação realizada pelo Ministério Público de Alagoas resultou na prisão de cinco indivíduos acusados de diversos crimes, como peculato, fraudes em licitações, falsidade ideológica, desvio e lavagem de dinheiro público. A ação, denominada de “Operação Maligno”, teve como objetivo desarticular uma organização criminosa que atuava de forma especializada em fraudes na administração pública.

As prisões ocorreram em diferentes localidades, com um mandado cumprido em Maceió, três em Petrolina, Pernambuco, e outro em Japaratinga, Alagoas. Além disso, oito mandados de busca e apreensão foram realizados nos mesmos locais. A operação contou com o apoio de policiais militares dos Batalhões de Trânsito, Rodoviário e Ambiental de Alagoas, assim como das Polícias Militar e Civil de Pernambuco.

Durante a ação, foram apreendidos R$828 mil em um dos locais investigados, juntamente com dados telemáticos e automóveis de luxo. Segundo informações do Ministério Público, o líder da organização criminosa ostentava seu poder econômico ao adquirir um Porsche que pertenceu ao ex-jogador da Seleção Brasileira, Daniel Alves. Outros bens, como um hotel fazenda na Bahia, também foram apreendidos durante a diligência.

A 17ª Vara Criminal da Capital determinou o bloqueio e sequestro de bens dos denunciados no valor de R$46 milhões. A principal empresa alvo da operação era propriedade de um casal apontado como líder da organização criminosa. A cooperativa de fachada oferecia diversos serviços típicos da administração pública, como coleta de resíduos sólidos, limpeza de ruas e até mesmo profissionais para funções diversas.

Durante 14 meses de investigação, a Promotoria de Justiça de Cajueiro desmantelou a organização criminosa que atuava de forma a burlar o princípio do concurso público. Através de uma pseudocooperativa de serviços, o grupo firmou contratos milionários com diversos municípios alagoanos, movimentando valores expressivos. Vale ressaltar que os contratos eram estabelecidos por meio de licitações “por carona”, facilitando a contratação.

Após a suspensão dos contratos, solicitada pelo Ministério Público e acatada pela 17ª Vara Criminal da Capital, foi possível interromper a sangria aos cofres públicos. A investigação apontou que membros da mesma organização criminosa atuam em outras falsas cooperativas de prestação de serviços, com contratos em mais municípios da região. O montante envolvido nessas operações ainda está sendo calculado.

Portanto, a “Operação Maligno” revela a atuação de uma rede criminosa sofisticada, especializada em desvios de dinheiro público e fraudes na administração pública. O Ministério Público segue trabalhando para combater essas práticas ilícitas e garantir a integridade dos recursos destinados ao bem-estar da população.

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