Conforme informações divulgadas pela Polícia Civil, o suspeito criou um perfil fictício no Instagram, apresentando-se como um adolescente de 14 anos. Com essa identidade falsa, ele conseguia se aproximar de jovens de 13 a 17 anos, nutrindo a confiança delas. Após conquistar essa confiança, o indivíduo solicitava fotos íntimas das suas vítimas. Logo que recebia a primeira imagem ou vídeo, o acusado iniciava um ciclo de chantagem, exigindo que as adolescentes enviassem mais conteúdos eróticos e pornográficos. A ameaça era clara: caso não obedecessem, ele revelaria os materiais comprometedores para amigos e familiares delas nas redes sociais.
As investigações também revelaram um quadro mais preocupante: o acusado não apenas coletava esse material de jovens enganadas, mas também comercializava essas imagens e vídeos em plataformas de conteúdo adulto. Este ciclo criminoso foi desmascarado após uma denúncia registrada na 26ª DP do Distrito Federal, quando uma adolescente de 13 anos se apresentou para expor sua experiência. Ela relatou que havia conhecido um suposto adolescente de 14 anos por meio de um aplicativo de encontros, o LITMATCH, e, subsequentemente, foi induzida a compartilhar material íntimo.
Agora indiciado, o homem enfrentará as acusações graves de extorsão e divulgação de pornografia infantil, crimes que podem resultar em uma sentença de sete a 16 anos de prisão. A operação destaca o compromisso e a eficiência das autoridades na proteção de menores e no combate aos crimes cibernéticos. A colaboração entre diferentes forças policiais provou ser essencial para desmantelar o esquema de chantagem e proteger a integridade das vítimas.