Segundo informações obtidas, os mandados foram expedidos pelo juiz da 1ª Vara de Crimes Tributários e Organização Criminosa da Capital e estão relacionados a supostas práticas fraudulentas dentro das empresas Sercom e System, cujo sócio-proprietário é Ricardo Saad, considerado uma vítima do esquema fraudulento em questão.
De acordo com a representação judicial, uma auditoria interna realizada nas empresas identificou diversas irregularidades, como a contratação de empresas fictícias e a realização de operações de crédito que eram proibidas contratualmente. Essas atividades fraudulentas resultaram na perda de grandes quantias financeiras, levantando suspeitas de envolvimento de ex-diretores das empresas, abaixo do presidente Ricardo Saad.
Houve a identificação de supostos repasses suspeitos feitos pelas empresas envolvidas a uma terceira organização, totalizando cerca de R$5,2 milhões de reais entre junho de 2021 e março de 2023. Além disso, os investigadores encontraram transações milionárias suspeitas entre os envolvidos, assim como depósitos em dinheiro vivo e crescimento patrimonial incompatível com as rendas declaradas.
Dentre as movimentações suspeitas destacam-se a compra de um apartamento de luxo no valor de R$1,7 milhão e depósitos em espécie por parte dos investigados. A auditoria ainda revelou que outro diretor teria recebido diretamente R$2,2 milhões em suas contas, e a esposa desse dirigente afirmou que os valores se referem a honorários do marido.
No total, somando todas as movimentações investigadas, estima-se que o desvio de recursos possa chegar a cerca de R$10 milhões, demonstrando a gravidade do esquema fraudulento que está sendo investigado pela Polícia Civil. A busca por mais informações e esclarecimentos sobre o caso continua em andamento.