Após a deflagração da operação na última quarta-feira, Barbosa manifestou sua disposição em colaborar com as autoridades para a investigação dos fatos, ressaltando a importância de uma apuração célere e imparcial. Entre os servidores dispensados, está o chefe de gabinete do governador, Marcos Martins Camilo, que foi exonerado a pedido, de acordo com informações do Diário Oficial do Estado.
Além do chefe de gabinete, outros servidores foram dispensados, como os assessores lotados em diferentes secretarias do governo. A Polícia Federal apontou indícios de que agentes públicos e empresários se aproveitaram do estado de emergência causado pela pandemia para desviar recursos de contratos emergenciais destinados à compra de cestas básicas, que supostamente não foram entregues. Os contratos sob investigação totalizam R$ 38 milhões.
Segundo a PF, o governador tinha pleno conhecimento do esquema de desvio de recursos. Durante as buscas, foram apreendidos quase R$ 100 mil em espécie, parte deste valor encontrado na residência e no gabinete de Wanderlei Barbosa. Em nota, o governador afirmou que, na época dos fatos investigados, ele era vice-governador e não tinha poder sobre as despesas relacionadas ao programa de cestas básicas.
O governo do Tocantins também se pronunciou, informando que colabora com as investigações da Polícia Federal para esclarecer os supostos desvios ocorridos entre os anos de 2020 e 2021. O interesse do governo estadual é que os fatos sejam devidamente esclarecidos e a justiça prevaleça. O governador se mantém confiante em sua inocência e disponível para colaborar com as autoridades.