Segundo informações obtidas, duas pessoas foram presas em Alagoas, uma no bairro da Jatiúca, em Maceió, e outra em Japaratinga. As outras três prisões ocorreram na cidade de Petrolina, em Pernambuco. As acusações incluem peculato, fraude em licitações e contratos, falsidade ideológica, desvio e lavagem de dinheiro público.
A investigação que culminou na operação durou 14 meses e contou com o apoio do Ministério Público de Pernambuco. De acordo com o MPAL, a organização criminosa atuava por meio de uma suposta cooperativa de prestação de serviços sediada na Jatiúca.
O grupo firmou contratos milionários com 20 municípios alagoanos, movimentando a quantia de R$ 243 milhões entre outubro de 2020 e março de 2023. Deste montante, R$ 46 milhões tiveram movimentações atípicas, indo para contas pessoais dos criminosos ou para empresas criadas especificamente para a lavagem de dinheiro público.
Os contratos fraudulentos foram estabelecidos com municípios como Cajueiro, Quebrangulo, Porto de Pedras, Feira Grande, Pindoba, Carneiros, Olho d’Água das Flores, Mar Vermelho, Porto Real do Colégio, Pão de Açúcar, e outros. Cinco mandados de prisão e oito de busca e apreensão foram expedidos, com bloqueio e sequestro de bens no valor de R$ 46 milhões.
A investigação ainda descobriu que a organização criminosa operava outras falsas cooperativas de serviços em Alagoas e no sudoeste da Bahia. A empresa principal pertencia ao casal apontado como líderes do esquema, oferecendo serviços obrigatórios da administração pública com o intuito de desviar dinheiro e enriquecer ilicitamente.
Esse desdobramento da operação do MPAL evidencia a importância do combate à corrupção e da investigação rigorosa de desvios de dinheiro público, visando a punição dos responsáveis e a recuperação dos recursos desviados para o benefício da sociedade.
