No dia 7 de janeiro de 2025, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento firmou um contrato com a R7 Facilities no valor de R$ 7.169.315,04 para a prestação de serviços de apoio administrativo, com dedicação exclusiva de mão de obra. O representante oficial da empresa, Gildenilson Braz Torres, foi identificado como o dono da R7 Facilities, embora seja um técnico em contabilidade e beneficiário de auxílio emergencial.
Gildenilson estaria atuando como laranja da empresa, sendo responsável pela gestão contratual da manutenção da Penitenciária Federal de Mossoró (RN). Mesmo enfrentando penhoras por dívidas de milhares de reais com os cofres públicos, Gildenilson acumula contratos que ultrapassam os R$ 40 milhões. No entanto, a Justiça encontrou apenas R$ 523,64 nas contas bancárias do sócio-administrador da R7 Facilities.
O grupo investigado possui dezenas de contratos vigentes com a Administração Pública, sendo que muitos deles são de anos anteriores. Recentemente, o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) desclassificou a R7 Facilities de um processo de licitação no valor de mais de R$ 300 milhões. No início do ano passado, um contrato de R$ 60 milhões foi suspenso pelo Tribunal Regional do Trabalho da 10ª região após denúncias de irregularidades.
A R7 Facilities também foi alvo de críticas por demitir funcionários que protestaram contra salários atrasados. Ao menos oito funcionários foram dispensados após protestos nos ministérios das Mulheres, dos Direitos Humanos e da Igualdade Racial. O Ministério Público do Trabalho está investigando as demissões, enquanto a empresa nega as acusações e se compromete em oferecer o melhor para colaboradores, clientes e fornecedores. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e a R7 Facilities não responderam aos pedidos de esclarecimento feitos pelo Metrópoles.