As influenciadoras, que contam com milhares de seguidores nas redes sociais, criavam a ilusão de terem faturado altas quantias nos jogos online. Esse estratagema envolvia a simulação dos chamados “combos”, incentivando os seguidores a se cadastrarem nas plataformas de jogos e fazerem depósitos com a promessa de receber pagamentos via Pix.
A Polícia Civil, por meio do Grupo Especial de Repressão a Crimes Patrimoniais (Gepatri), cumpriu mandados de busca e apreensão nos endereços das influenciadoras em Cristalina (GO) e São José dos Campos (SP), além de Luziânia (GO). As investigações apontam que as mulheres são suspeitas de estelionato, exploração de jogos de azar e lavagem de dinheiro.
Além disso, as “Patricinhas do Tigrinho” também chamaram a atenção dos investigadores por serem beneficiárias de programas sociais, como o Bolsa Família e o Auxílio Emergencial. Aline Tainara Barbosa dos Reis, por exemplo, recebia parcelas mensais do Novo Bolsa Família, mesmo divulgando lucros extraordinários nos jogos de azar virtuais.
Essa operação policial representa uma resposta aos casos de endividamento de pessoas viciadas em jogos de azar, muitas delas em situação financeira precária devido à exploração por parte de esquemas ilícitos. As influencers digitais, ao promoverem esses jogos, contribuem para agravar o problema, induzindo seguidores a participarem de atividades fraudulentas.
Diante dessas revelações, fica evidente a importância de ações policiais rigorosas para combater práticas criminosas no ambiente digital, protegendo os consumidores de possíveis golpes e fraudes. A sociedade precisa estar atenta e consciente dos riscos envolvidos em atividades ilegais, como os jogos de azar virtuais, evitando cair em armadilhas semelhantes às das “Patricinhas do Tigrinho”.