Operação da PF desvenda esquema de fraudes na marcação de consultas do SUS em Queimados (RJ) após denúncia de reportagem.

O Ministério da Saúde identificou possíveis irregularidades na marcação de consultas do Sistema Único de Saúde (SUS), levando a Polícia Federal (PF) a iniciar uma operação para investigar um esquema de fraudes em Queimados, no Rio de Janeiro. A operação foi desencadeada após uma reportagem da coluna do Metrópoles apontar indícios de fraudes.

De acordo com as investigações, funcionários e ex-colaboradores da Secretaria de Saúde de Queimados estariam marcando consultas em nome de outras pessoas para obter votos em troca. A situação chegou a um ponto tão absurdo que foram agendadas vasectomias para mulheres e exames ginecológicos para homens, comprovando as irregularidades.

O Ministério da Saúde se pronunciou sobre o caso, afirmando que não houve invasão externa no Sistema de Regulação (Sisreg) para realizar as práticas indevidas investigadas na operação denominada “Saúde Eleitoral”. O órgão repudiou veementemente qualquer ação que comprometa os princípios de universalidade e equidade do SUS, destacando que o Sisreg passa regularmente por auditorias internas.

A gestão e a manutenção geral do Sisreg são de responsabilidade do ministério, porém a concessão de acessos aos operadores locais é de competência das prefeituras. O Datasus/Seidigi, área de Tecnologia do Ministério da Saúde, monitora a plataforma.

Além disso, a coluna também revelou que o prefeito de Queimados, Glauco Kaizer, promoveu uma servidora suspeita de participar das fraudes no SUS a um cargo de direção na Secretaria Municipal de Saúde, mesmo após denúncias. Documentos obtidos mostram que a servidora Crislaine Cristina da Cunha Silva foi nomeada diretora do Departamento de Regulação, Controle e Avaliação com salários entre R$ 4,1 mil e R$ 5,5 mil.

Tanto a Prefeitura de Queimados quanto a Câmara Municipal discordam sobre o momento em que foram informadas sobre as denúncias. Enquanto a prefeitura alega ter recebido a comunicação oficial apenas em agosto, a câmara afirma ter encaminhado os documentos à Secretaria de Saúde em março. Um vereador afirma ter alertado o prefeito sobre a nomeação da servidora suspeita.

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