Essa fase da operação é um desdobramento das etapas anteriores da Passe Livre, iniciada em fevereiro, que desvendou fraudes no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2022 e 2023. Até o momento, as investigações identificaram 63 investigados e provas fraudadas nos quatro estados mencionados.
A fraude consistia em manipular o sistema de segurança das provas de vestibulares online de diversas faculdades de medicina, permitindo que terceiros tivessem acesso às questões das provas ou até mesmo realizassem os exames no lugar dos verdadeiros candidatos. Os criminosos chegaram a fraudar provas para nove candidatos simultaneamente, utilizando diversos associados para resolver as questões.
A Polícia Federal confirmou os pagamentos relacionados à compra das resoluções das questões das provas, evidenciando a participação de mais de 30 investigados no esquema criminoso. Os envolvidos podem responder por estelionato, associação criminosa, falsidade ideológica, uso de documento falso, entre outros crimes que forem identificados ao longo da investigação.
A expertise e a facilidade com que os criminosos conseguiram burlar os sistemas de segurança das provas online de vestibulares de medicina de diversas faculdades chamaram a atenção dos investigadores. O nome “Passe Livre” atribuído à operação faz referência à facilidade encontrada pelo grupo para concretizar a fraude.
Diante disso, as autoridades continuam com as investigações a fim de identificar todos os envolvidos e responsabilizá-los pelos crimes cometidos. A sociedade fica alerta para esses casos de fraudes acadêmicas que comprometem a lisura e a credibilidade dos processos seletivos para cursos superiores.