A Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) não poupou esforços e emitiu ofícios dirigidos ao Ministério Público e às polícias Civil e Militar, solicitando explicações sobre as circunstâncias que rodearam essa ação de grande magnitude e violência. A presidente da comissão, deputada Dani Monteiro, do PSOL, classificou o episódio como uma “guerra e barbárie”, expressando uma preocupação profunda em relação às táticas utilizadas pelo governo estadual. Em sua declaração, Monteiro enfatizou que “nenhuma política de segurança pode se sustentar sobre esse banho de sangue”, ressaltando uma crítica contundente à maneira como as operações têm sido conduzidas.
A deputada também apontou que a operação é inaceitável e que o Estado não deve se comportar como se estivesse aplicando pena de morte. Em suas palavras, enfatizou que as favelas não podem ser tratadas como territórios inimigos ou meros palcos para a exibição de violência. Além disso, Monteiro questionou a postura do governador Cláudio Castro, que, segundo ela, age de maneira isolada, ignorando a cooperação necessária entre as diferentes esferas do governo. Ela lembrou que o Ministério da Justiça já havia atendido aos pedidos do governo fluminense para o envio da Força Nacional, indicando que há uma necessidade urgente de colaboração ao invés de disputas políticas que apenas exacerbam a crise.
A deputada concluiu sua fala alertando sobre a importância de abordar a segurança pública com planejamento, inteligência e respeito à vida, distantes da espetacularização de episódios que resultam em chacinas. A comissão, por fim, reafirmou o seu compromisso com os direitos humanos, exigindo não apenas transparência, mas também uma investigação rigorosa sobre os acontecimentos da operação que marcaram a história recente da segurança pública no estado.









