Um total de 13 mandados de busca e apreensão foram executados, sendo oito direcionados a indivíduos e cinco a empresas, nas cidades de Maceió e Arapiraca, conforme autorização da 17ª Vara Criminal da Capital. As investigações tiveram início a partir de informações fornecidas pela Secretaria de Estado da Fazenda de Alagoas (Sefaz/AL), que detectou indícios da prática de crimes tributários e formação de uma organização criminosa.
Os dados coletados durante a apuração revelaram que várias pessoas listadas como sócias das empresas envolvidas não apresentavam capacidade financeira proporcional às movimentações realizadas, levantando suspeitas de que estariam atuando como “laranjas”. O esquema complexo de fraude era especialmente focado em empresas atacadistas de alimentos, com ênfase no comércio de farinha de trigo, operando em nome de terceiros e evadindo-se do pagamento de impostos devidos.
Além disso, o MPAL identificou que as empresas implicadas acumulavam dívidas que totalizam aproximadamente R$ 3,4 milhões em dívida ativa, o que evidencia um prejuízo ao erário de mais de R$ 16 milhões. Para a execução da operação, o Gaesf contou com o apoio da Procuradoria-Geral do Estado, da Secretaria de Estado da Segurança Pública, além das Polícias Civil e Militar, e da Polícia Científica.
A escolha do nome “Ceres” para a operação se dá em homenagem à deusa romana da agricultura, simbolizando o foco das fraudes em produtos agropecuários, particularmente cereais como o trigo. Esta ação reafirma o compromisso das autoridades em combater analogias e fraudes que afetam não apenas o Estado, mas também a integridade do sistema tributário. A continuidade das investigações poderá levar a novas revelações e à responsabilização dos envolvidos.