Operação Ceres: MP de Alagoas desarticula organização criminosa que utilizava empresas de fachada para fraudes fiscais e sonegação de impostos.

Na manhã da última quinta-feira, o Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL) lançou a Operação Ceres, coordenada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal e Lavagem de Bens (Gaesf). A operação visa desmantelar uma organização criminosa que supostamente atuava na falsificação de documentos e na realização de fraudes fiscais e societárias.

Um total de 13 mandados de busca e apreensão foram executados, sendo oito direcionados a indivíduos e cinco a empresas, nas cidades de Maceió e Arapiraca, conforme autorização da 17ª Vara Criminal da Capital. As investigações tiveram início a partir de informações fornecidas pela Secretaria de Estado da Fazenda de Alagoas (Sefaz/AL), que detectou indícios da prática de crimes tributários e formação de uma organização criminosa.

Os dados coletados durante a apuração revelaram que várias pessoas listadas como sócias das empresas envolvidas não apresentavam capacidade financeira proporcional às movimentações realizadas, levantando suspeitas de que estariam atuando como “laranjas”. O esquema complexo de fraude era especialmente focado em empresas atacadistas de alimentos, com ênfase no comércio de farinha de trigo, operando em nome de terceiros e evadindo-se do pagamento de impostos devidos.

Além disso, o MPAL identificou que as empresas implicadas acumulavam dívidas que totalizam aproximadamente R$ 3,4 milhões em dívida ativa, o que evidencia um prejuízo ao erário de mais de R$ 16 milhões. Para a execução da operação, o Gaesf contou com o apoio da Procuradoria-Geral do Estado, da Secretaria de Estado da Segurança Pública, além das Polícias Civil e Militar, e da Polícia Científica.

A escolha do nome “Ceres” para a operação se dá em homenagem à deusa romana da agricultura, simbolizando o foco das fraudes em produtos agropecuários, particularmente cereais como o trigo. Esta ação reafirma o compromisso das autoridades em combater analogias e fraudes que afetam não apenas o Estado, mas também a integridade do sistema tributário. A continuidade das investigações poderá levar a novas revelações e à responsabilização dos envolvidos.

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