Os cortes de produção, que envolvem uma redução de 2,2 milhões de barris diários, foram inicialmente implementados em abril de 2023 e têm como objetivo limitar a oferta e, assim, sustentar os preços do petróleo em um contexto global incerto. Os países que aderiram a esta extensão, além da Rússia e da Arábia Saudita, incluem Argélia, Emirados Árabes Unidos, Iraque, Cazaquistão, Kuwait e Omã.
A prorrogação dos cortes até dezembro de 2024 significa que a OPEP+ planeja eliminar gradualmente essas restrições, com uma transição prevista para ocorrer até setembro de 2025. Essa estratégia de gerenciamento da produção é fundamental, uma vez que o bloco já estabeleceu uma cota total de produção para este ano na ordem de 39,425 milhões de barris por dia, excluindo aqueles países que não possuem cotas definidas, como Irã, Líbia e Venezuela.
Em setembro deste ano, os membros da OPEP+ reportaram uma produção conjunta de 34,43 milhões de barris diários, apresentando uma ligeira queda em relação aos 34,56 milhões de barris produzidos em agosto. A Agência Internacional de Energia (AIE) manteve sua previsão para a produção global de petróleo, estimando um aumento para 102,9 milhões de barris por dia em 2024.
Estas decisões não ocorrem em um vácuo. O contexto geopolítico, especialmente no Oriente Médio, e as flutuações nos preços energéticos são determinantes nessa equação, colocando os países produtores em uma posição delicada ao tentar equilibrar suas economias locais com a dinamismo do mercado global. A extensão dos cortes representa um reflexo do compromisso contínuo da OPEP+ em garantir a estabilidade dos preços e a oferta de petróleo em um mundo que ainda se recupera dos efeitos das crises econômicas e geopolíticas recentes.