Soldados da ONU Envolvidos em Acidente Mortal na República Centro-Africana
Na República Centro-Africana, um incidente trágico envolvendo soldados da Missão Multidimensional Integrada das Nações Unidas para a Estabilização no país, conhecida como Minusca, gerou preocupações sobre a conduta da missão. Um mototaxista foi atropelado e morreu no local após uma colisão com um dos veículos da força de paz, que, segundo testemunhas, trafegava na contramão.
O acidente ocorreu no distrito de Bossamptele, onde dois veículos da Minusca tentavam ultrapassar um carro. Durante essa manobra, um dos veículos colidiu diretamente com o motociclista. Após o incidente, o motorista envolvido não prestou assistência, fugindo do local. O segundo veículo da missão foi posteriormente cercado por moradores locais, mas seu motorista também conseguiu escapar, procurando abrigo no quartel da gendarmaria em Bossamptele. Fontes indicam que ele foi escoltado por seus colegas da missão após estabelecer contato com a liderança da ONU na região.
O comandante do contingente teria solicitado às autoridades locais que impedissem o acesso ao veículo blindado e à tripulação, um ato que complica ainda mais a investigação sobre o ocorrido. A falta de transparência e a dificuldade em esclarecer os fatos levantam questões sobre a responsabilidade das forças de paz em situações similares.
Um representante da gendarmaria local declarou que a Minusca enfrenta desafios logísticos, incluindo escassez de combustível. Ele enfatizou que os soldados não estavam em missão oficial no momento do acidente, mas sim a caminho das Cataratas de Boali, um popular destino turístico. Essa informação levanta debates sobre a prioridade das operações e a responsabilidade da missão em manter a segurança nas estradas.
Infelizmente, esse não é um caso isolado. Em 2021, outra ocorrência semelhante resultou na morte de um motociclista em Bangui devido a um atropelamento por um caminhão da Minusca. A repetição de tais incidentes suscita questionamentos sobre a conduta das forças de paz da ONU e seu impacto sobre as comunidades locais. A situação exige uma reflexão sobre a necessidade de uma maior responsabilidade e supervisão das ações dos contingentes em zonas de conflito e instabilidade.






