ONU Declara Fome Generalizada em Gaza e Acusa Israel de Usá-la Como Arma de Guerra

A crise humanitária na Faixa de Gaza atingiu um patamar alarmante, conforme divulgado por especialistas da comunidade internacional. A avaliação mais recente indica que a região enfrenta uma fome generalizada, uma condição sem precedentes no Oriente Médio. A Organização das Nações Unidas (ONU) atribui essa grave situação a ações do governo de Israel, que, por sua vez, nega a existência de fome e critica o relatório como “falso e distorcido”.

Este contexto dramático ocorre em meio a uma intensificação da ofensiva militar israelense na Cidade de Gaza, a mais populosa do território palestino. A atualização da Classificação Integrada da Fase de Segurança Alimentar (IPC) alerta que a situação pode se deteriorar ainda mais, afetando não apenas a população atual, mas também colocando em risco milhares de crianças que, segundo a ONU, podem sofrer desnutrição aguda.

Estima-se que cerca de 132 mil crianças com menos de cinco anos estão em risco iminente de morte devido à falta de alimentos adequados. Desde o início do conflito, mais de 200 pessoas já perderam a vida em decorrência da fome em Gaza, evidenciando a gravidade da crise. O subsecretário-geral da ONU para Assuntos Humanitários, em um apelo veemente, descreveu a situação como uma “fome que se desenvolve diante da moderna vigilância por drones”, enfatizando que “essa fome é evitável” e que uma ação imediata é necessária para fornecer assistência humanitária de forma eficaz.

Israel, por outro lado, alega que apesar de ter enviado dezenas de milhares de caminhões de ajuda humanitária, este fluxo não atende à demanda mínima delineada pela ONU. O governo israelense afirma que o IPC se baseia em informações distorcidas e acusa a organização de se alinhar com interesses do Hamas.

As tensões aumentam enquanto a operação militar israelense prossegue, com relatos de bombardeios intensos e deslocamento forçado de civis, agravando a crise. Esse panorama precede um possível cessar-fogo, com mediadores, como Egito e Catar, tentando negociar uma trégua. No entanto, a situação continua a se deteriorar, com a comunidade internacional observando de perto o desenrolar dos fatos e clamando por uma solução que garanta a segurança e dignidade para os habitantes da Faixa de Gaza.

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