Stiell apontou a inação das forças de segurança durante protestos que ocorreram no dia 11 de novembro. Relatos indicam que a polícia teria adotado uma postura de contenção, sem intervir na manifestação, contrariamente ao esperado em eventos desta magnitude. Além disso, a falta de vigilância em pontos estratégicos do evento e a ausência de um plano de contingência para possíveis invasões foram criticadas, demonstrando fragilidades na coordenação entre as autoridades brasileiras e a UNFCCC.
Problemas estruturais também foram evidenciados. As intensas chuvas que atingiram a região resultaram em infiltrações nas instalações, causando não apenas desconforto, mas também riscos potenciais à segurança dos participantes, devido à exposição à eletricidade. Situações de calor extremo em diversas áreas do local foram mencionadas como um agravante à saúde dos presentes.
A carta foi endereçada ao ministro da Casa Civil, Rui Costa, e ao presidente da COP30, André Corrêa do Lago, e sublinha que as delegações internacionais investiram recursos significativos em infraestrutura, que não se mostraram adequadas para atender suas necessidades. Em resposta, a Casa Civil enfatizou que não teve participação nas decisões sobre a segurança pública relativas aos protestos e que está comprometida em atender as demandas apresentadas pela UNFCCC.
A comunicação da UNFCCC reflete a pressão internacional para que o Brasil reforce suas medidas de segurança e estrutura organizacional durante a conferência, vital para as discussões sobre a mudança climática e a preservação ambiental, especialmente no contexto da Amazônia. Esse desenvolvimento levanta preocupações sobre o papel do Brasil como anfitrião e sua capacidade de liderar iniciativas globais em um tema tão urgente.
