O Alto Comissariado destacou que esse bombardeio se enquadra em um padrão preocupante de uso ilegal da força por parte das forças israelenses na região, provocando danos generalizados aos palestinos e à infraestrutura local. O comunicado ressalta que essa ação é mais um exemplo do uso sistemático de força letal pelas forças de segurança israelenses na Cisjordânia, muitas vezes de forma desnecessária, desproporcional e, portanto, ilegal.
O episódio ocorreu no campo de refugiados de Tulkarem, na Cisjordânia, resultando na morte de 18 pessoas, incluindo o comandante do Hamas, Zahi Yaser Abd al-Razeq Ufial, e outros sete membros do grupo terrorista, de acordo com informações do Exército. Testemunhas afirmaram que houve cenas de horror, com partes de corpos espalhadas pelas ruas e membros de uma mesma família entre as vítimas.
A Autoridade Nacional Palestina classificou esse como o ataque mais letal na Cisjordânia em mais de duas décadas. A ONU também se manifestou, apontando a destruição de um prédio cheio de pessoas como um claro desrespeito às obrigações de Israel.
Por sua vez, as autoridades israelenses justificaram o bombardeio alegando que o comandante do Hamas estava planejando um atentado terrorista iminente contra cidades do país. Com a aproximação da data que marcaria os ataques anteriores do Hamas, as forças de segurança consideraram que al-Razeq representava uma ameaça iminente e, portanto, agiram preventivamente.
Este evento se soma a um cenário de tensões na região, com confrontos constantes na Cisjordânia e apoio a grupos paramilitares ligados a colonos judeus. A situação tem levado a um aumento do número de civis palestinos mortos e detidos, gerando críticas e pressões internacionais sobre Israel para controlar a violência.