Em uma coletiva de imprensa em Genebra, Thameen Al-Kheetan, porta-voz do escritório de direitos humanos da ONU, destacou a necessidade urgente de justiça. Ele enfatizou que o número alarmante de jornalistas mortos na região desde o início do conflito, em 7 de outubro de 2023, já ultrapassou 240, gerando sérias dúvidas sobre as justificativas do governo de Israel para os ataques, que frequentemente alegam que tais mortes são resultado de enganos ou que os profissionais colaboram com o Hamas.
António Guterres, secretário-geral da ONU, também expressou sua condenação ao duplo ataque, pedindo por uma investigação imediata e imparcial sobre os casos de assassinato de jornalistas e civis. “Enquanto a população de Gaza enfrenta uma grave crise humanitária, com acesso limitado à assistência médica comprometido por ataques contínuos, é imprescindível que cessem as hostilidades”, afirmou Guterres.
A Organização Mundial da Saúde (OMS), reforçando a posição da ONU, ressaltou a urgência de se parar os ataques a instalações médicas. Tedros Adhanom, diretor-geral da OMS, foi categórico em sua declaração, clamando por um cessar-fogo imediato, enquanto o acesso à assistência médica continuava a ser impedido por confrontos.
As Forças de Defesa de Israel (FDI) confirmaram o ataque ao Hospital Nasser, expressando pesar pelas mortes, mas mantendo que suas operações visam minimizar danos a civis. No entanto, dados alarmantes indicam que, desde o início do conflito, cerca de 62.744 vidas foram perdidas devido a ataques israelenses, complicando ainda mais a já devastadora situação humanitária na região.
A tensão continua a escalar em Gaza, exacerbada por um ciclo de violência gerado por confrontos entre Israel e o Hamas, e a pressão internacional por responsabilidade se intensifica à medida que as repercussões de ataques como o do Hospital Nasser se tornam mais evidentes.