De acordo com a Comissão, as autoridades israelenses têm adotado medidas que prejudicam a capacidade reprodutiva dos palestinos em Gaza, promovendo políticas que buscam impedir a natalidade. A ONU ressaltou que, sob a liderança do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e de seus comandantes militares, Israel tem falhado em conter e punir os atos de genocídio cometidos contra os habitantes do enclave, estabelecendo uma responsabilidade moral para a comunidade internacional em agir.
Não é de se surpreender, portanto, que as tensões aumentem, especialmente após a intensificação dos ataques aéreos e das incursões terrestres israelenses em Gaza, os quais resultaram em um número alarmante de vítimas civis. Desde o início da atual escalada de violência em 7 de outubro de 2023, mais de 64 mil palestinos perderam a vida em decorrência dos bombardeios. Para agravar a situação, o bloqueio imposto por Israel ao território tem causado crise alimentar severa, levando muitos a viver em condições de extrema penúria.
Nesse ambiente caótico, protestos começaram a emergir em Jerusalém, onde familiares de reféns israelenses expressam seu desespero e preocupação pela segurança de seus entes queridos, clamando por ações que possam assegurar suas vidas. O clamor por uma resposta ou intervenção da comunidade internacional se intensifica, à medida que o mundo observa a crise humanitária se desenrolar.
A ONU, por sua vez, já havia reconhecido fases críticas de fome em situações anteriores, como na Somália em 2011 e no Sudão do Sul em 2017. Contudo, o reconhecimento de uma situação semelhante em Gaza sinaliza a gravidade da crise atual e a necessidade urgente de soluções que possam pôr fim ao sofrimento de milhões de civis. A pressão e o chamado à ação se fazem mais relevantes do que nunca, dada a magnitude da catástrofe humanitária enfrentada na região.