ONU classifica ações de Israel em Gaza como crimes contra a humanidade e denuncia tortura de prisioneiros palestinos por autoridades israelenses.

A recente declaração da Comissão Internacional Independente de Inquérito da ONU sobre a situação em Gaza gerou grande repercussão ao afirmar que Israel cometeu crimes contra a humanidade durante suas operações na Faixa de Gaza. O relatório, apresentado nesta quinta-feira, 10 de outubro de 2024, destaca ações deliberadas das Forças de Segurança israelenses, que além de ataques militares, também envolveram a morte, detenção e tortura de profissionais de saúde e suas equipes, durante um intenso cerco ao território.

O documento é contundente ao afirmar que tais ações caracterizam não apenas crimes de guerra, mas também homicídio intencional, maus-tratos e destruição de propriedade civil protegida. Mais grave ainda, segundo a comissão, essas infrações se enquadram no crime contra a humanidade de extermínio, uma acusação de extrema gravidade. O cenário trágico se agrava ao abordar a questão do tratamento dos prisioneiros palestinos, onde tanto Israel quanto grupos armados palestinos foram citados por práticas de tortura.

Além disso, o relatório denuncia que a tortura de prisioneiros palestinos foi ordenada diretamente pelo ministro israelense de Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir. As ações de tortura e os maus-tratos foram considerados parte de uma política institucionalizada, que data de longos anos de ocupação. O envolvimento direto do governo israelense, que incita a violência e a retaliação, foi ressaltado como um dos fatores que alimenta essas práticas.

A investigação feita pela comissão também se estende à situação de reféns israelenses e estrangeiros em Gaza, revelando que ambos os lados estão comprometidos em violações graves dos direitos humanos. Essa situação tem gerado um clamor internacional por responsabilização e uma busca por soluções justas e duradouras no conflito que perdura na região. A comunidade internacional observa atentamente as repercussões desse relatório, enquanto o debate sobre direitos humanos ganha novos contornos em um cenário tão complexo e volátil.

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