A resolução estabelece uma condição fundamental: que a solução de dois Estados ocorra sem a presença do Hamas, grupo que controla a Faixa de Gaza. O texto enfatiza que, para a viabilização desse novo Estado palestino, o Hamas deve renunciar ao seu controle sobre a região e entregar suas armas à Autoridade Nacional Palestina. Este desarmamento deve acontecer com a colaboração da comunidade internacional, enfatizando o compromisso com a formação de um Estado palestino soberano e independente.
Reagindo à votação, o Ministério das Relações Exteriores de Israel expressou seu descontentamento nas redes sociais, caracterizando a Assembleia Geral como um “circo político desligado da realidade”. Essa declaração reflete o histórico antagonismo da nação em relação a resoluções da ONU que considera parciais.
Por outro lado, a votação também ilustra uma mudança nas dinâmicas políticas globais, com países que anteriormente não reconheceram a solução de dois Estados agora se posicionando de forma favorável. Nações como Canadá, França e Reino Unido representam essa nova perspectiva, sustentando a ideia de que a divisão em dois Estados poderia ser uma saída viável para o conflito prolongado no Oriente Médio.
A aprovação desta resolução acena para a possibilidade de reavivamento do diálogo entre as partes envolvidas, embora os desafios persistam, especialmente dado o controle do Hamas sobre Gaza. A continuidade do suporte internacional será crucial para implementar os termos propostos e avançar em direção a um entendimento duradouro e para a paz na região.