A resolução se destaca por estabelecer 74 recomendações, enfatizando a importância de “adotar medidas concretas e apropriadas, especialmente em termos legislativos e educacionais”, para evitar a revisão da história da Segunda Guerra Mundial e garantir a preservação dos direitos humanos. Também inclui uma forte condenação direcionada à propaganda e à glorificação do nazismo, que se manifesta em ações como grafites em monumentos que homenageiam as vítimas do conflito.
Entre os países que co-patrocinaram a resolução estão Belarus, Armênia, China, Coreia do Norte, Mali, Sérvia e África do Sul, evidenciando um apoio considerável, principalmente entre nações que compartilham interesses geopoliticamente alinhados com a Rússia. A proposta adota uma postura firme contra qualquer forma de discriminação racial e convoca à eliminação de discursos de ódio, especialmente em contextos educacionais.
Do outro lado, uma emenda proposta por países como Albânia, Austrália, Coreia do Sul e Japão foi adicionada ao texto. Esta emenda sugere que a Rússia tenta justificar sua operação militar na Ucrânia com argumentações ligadas à luta contra o neonazismo, gerando um embate no cenário político internacional. O diplomata russo Grigory Lukiantsev criticou a emenda, qualificando-a como uma “manobra descarada” que visa desvirtuar a intenção original da resolução.
Vale ressaltar que a resolução contra a glorificação do nazismo tem sido aprovada anualmente desde 2005, refletindo uma tendência global de repúdio a ideais extremistas que ameaçam a paz e a harmonia social. O debate provocou reações acaloradas, revelando as profundas divisões políticas que ainda permeiam o cenário internacional atual.
