ONU Aprova Plano com Prazos para Solução de Dois Estados entre Israel e Palestina, Atraindo Apoio de 142 Países e Críticas de EUA e Israel.

Assembleia Geral da ONU Aprovou Resolução para Solução de Dois Estados entre Israel e Palestina

A Assembleia Geral das Nações Unidas (AGNU) adotou, por uma expressiva maioria, uma resolução significativa que propõe a implementação de ações concretas e prazos definidos para a criação de um Estado palestino ao lado de Israel. Esta votação ocorre em um momento crítico, antecedendo uma importante reunião de líderes mundiais em setembro, onde se espera que nações como França, Reino Unido e Canadá façam um reconhecimento formal do Estado palestino.

A resolução, fruto de uma conferência internacional realizada em julho, contava com o apoio de 142 países, enquanto apenas dez representantes votaram contra e 12 se abstiveram. Entre os que se opuseram à declaração, destacam-se os Estados Unidos e Israel, que se retiraram da conferência em sinal de protesto. Outras nações que acompanharam essa decisão incluem Argentina, Hungria e Paraguai.

O texto aprovado é contundente ao condenar não apenas os ataques levados a cabo pelo Hamas em 7 de outubro de 2023, que deram início a um novo ciclo de violência em Gaza, mas também as operações militares de Israel, que têm gerado uma crise humanitária devastadora na região. O documentário pede, em particular, um cessar-fogo imediato e sugere a formação de uma missão internacional temporária de estabilização sob o comando do Conselho de Segurança da ONU, com a finalidade de proteger os civis e evitar uma escalada maior do conflito.

Em reação à resolução, os Estados Unidos expressaram forte desaprovação, chamando a movimentação de um “gesto político inconveniente” que, segundo eles, favorece o Hamas e prejudica os esforços diplomáticos existentes. Morgan Ortagus, diplomata norte-americana, enfatizou que a conferência apenas contribuiu para prolongar a guerra, dificultando as perspectivas de um acordo de paz.

Israel, por sua vez, criticou a AGNU, acusando a organização internacional de não se posicionar de maneira firme contra o Hamas, o que, segundo o embaixador israelense Danny Danon, acabou por beneficiar a militância.

Os números são alarmantes: desde o início deste conflito em outubro passado, aproximadamente 1.200 israelenses morreram em decorrência dos ataques do Hamas, enquanto a cifra de palestinos mortos ultrapassa os 64.000, de acordo com autoridades locais. O cenário aponta para a necessidade urgente de ações que possam levar a uma paz duradoura na região, uma vez que o ciclo de violência se intensifica, afetando gravemente a população civil.

A questão da solução de dois Estados continua sendo um dos principais tópicos na agenda internacional, e a recente aprovação da resolução pela ONU oferece um novo ponto de partida nas tentativas de promover o diálogo e a reconciliação entre as partes envolvidas.

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