ONU alerta sobre virada perigosa no Oriente Médio após bombardeio dos EUA a instalações nucleares iranianas e pede retorno à diplomacia.

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, fez um apelo contundente em prol da paz no Oriente Médio, enfatizando a urgência de restaurar as iniciativas diplomáticas na região. Durante uma reunião do Conselho de Segurança, Guterres destacou a recente escalada de tensões que se intensificou com os bombardeios das instalações nucleares iranianas pelos Estados Unidos, um ato que ele descreveu como uma “virada perigosa”.

Em seu discurso, Guterres enfatizou que a população da região está sobrecarregada com ciclos intermináveis de destruição e conflito. Ele reiterou que é crucial evitar uma nova onda de retaliações e que a diplomacia deve se firmar como a principal ferramenta para a resolução de disputas. O secretário-geral expressou sua preocupação com a crescente tensão entre Israel e Irã, especialmente com a interferência dos EUA, e pediu ações concretas para interromper os combates e reverter a situação de insegurança.

Rafael Grossi, diretor da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), também se fez presente na reunião, alertando que o Tratado de Não Proliferação Nuclear, que há mais de cinquenta anos garante a segurança internacional, encontra-se ameaçado. Suas declarações ressaltam a gravidade da situação e a necessidade de um diálogo aberto para evitar consequências desastrosas.

Em resposta a esses eventos, Danny Danon, embaixador de Israel na ONU, manifestou sua gratidão ao governo dos Estados Unidos pelos bombardeios, afirmando que tais ações seriam essenciais para a proteção do “mundo livre”. Danon reconheceu que, apesar das críticas que poderia receber de outros representantes diplomáticos, questionou o silêncio que imperava quando o Irã iniciou seu programa de desenvolvimento de armas de destruição em massa.

A tensão no Oriente Médio, marcada por ações e reações, demonstra que o caminho para a paz é complexo e repleto de obstáculos, sendo vital que a comunidade internacional se una em prol da diplomacia e do diálogo, evitando que a situação se agrave ainda mais.

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