ONU Acusa Israel de Genocídio em Gaza e Pede Suspensão de Armas à Nação em Meio a Intensificação de Conflito com o Hamas

Comissão da ONU Acusa Israel de Genocídio na Faixa de Gaza

Uma comissão independente de inquérito estabelecida pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU trouxe à tona graves acusações contra Israel, afirmando que o país está cometendo atos de genocídio na Faixa de Gaza. O relatório, divulgado em 16 de setembro, sugere que figuras-chave do governo israelense, incluindo o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e o presidente Isaac Herzog, incitaram à violência e não tomaram medidas para impedir essa incitação.

As alegações ocorrem em um momento de intensificação do conflito, com Israel iniciando uma ofensiva terrestre contra Gaza que se seguiu a uma série de bombardeios. A comissão, composta por três membros e liderada pela ex-secretária de direitos humanos da ONU, Navi Pillay, destacou que quatro dos cinco critérios estipulados pela Convenção das Nações Unidas sobre Genocídio foram atendidos. O documento define genocídio como ações destinadas à destruição, total ou parcial, de grupos étnicos, raciais ou religiosos.

Enquanto isso, a guerra em Gaza continua a deixar um rastro devastador de mortes, com estimativas que ultrapassam 63.000 palestinos, entre eles 20.000 crianças, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza. A ofensiva foi desencadeada em resposta aos ataques do Hamas em 7 de outubro, que deixaram mais de 1.200 mortos e resultaram em centenas de reféns. A ONU e outras entidades alegam que essa operação militar estaria envolvida em crimes de guerra, incluindo práticas de limpeza étnica e manipulação da fome.

O Ministério das Relações Exteriores de Israel reagiu fortemente ao relatório, classificando-o de “distorcido e falso”, alegando que a comissão era composta por representantes com histórico de declarações antissemitas. O governo israelense, ao lado dos EUA sob a administração de Donald Trump, frequentemente critica o Conselho de Direitos Humanos da ONU, questionando sua imparcialidade.

Em um contexto sensível, onde o termo “genocídio” evoca as memórias do Holocausto, a comissão instou a comunidade internacional a suspender o envio de armas a Israel e a evitar qualquer ação que pudesse contribuir para a violência em Gaza. Em suas observações, Pillay enfatizou que a inação em face do genocídio configura cumplicidade.

Embora o alto comissário da ONU para os direitos humanos, Volker Türk, tenha condenado as ações de Israel, ele não se posicionou de forma categórica sobre as alegações de genocídio, argumentando que apenas um tribunal internacional pode emitir um veredicto definitivo. No entanto, críticos da situação destacam a urgência da resposta internacional, dado o número crescente de civis palestinos mortos na atual crise.

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