Segundo denúncia da própria organização, as fotos foram retiradas sem aviso prévio e sem a identificação do autor da ação. Enquanto as fotos das crianças foram removidas, os cartazes com nomes de policiais mortos em confrontos permaneceram no local. O fundador da Rio de Paz, Antonio Carlos Costa, chegou a pedir acesso às imagens das câmeras de monitoramento para identificar o responsável pela remoção, mas posteriormente descobriu que a ação foi realizada pela prefeitura.
O memorial com as fotos das crianças mortas por bala perdida estava presente na Lagoa Rodrigo de Freitas desde 2015, mas somente no último sábado as imagens foram expostas, substituindo os nomes pelos rostos das vítimas. Antonio Carlos Costa questionou a decisão da prefeitura, que manteve os cartazes em homenagem aos policiais mortos no local.
Além disso, a organização Rio de Paz é conhecida por realizar protestos silenciosos nas areias da praia de Copacabana, utilizando placas, cartazes e cruzes para chamar a atenção para questões sociais. Em 2016, houve resistência da prefeitura em relação a um desses protestos, que questionava o legado da Olimpíada realizada na cidade naquele ano.
Diante da repercussão do caso, a prefeitura do Rio emitiu uma nota reconhecendo a importância da homenagem às crianças vítimas da violência, mas justificou a remoção por falta de consulta prévia para autorização da exposição em local público. A prefeitura se comprometeu a avaliar a continuidade da homenagem aos policiais militares assassinados, reforçando seu interesse em combater a violência e prestar homenagens justas às vítimas.