OMS e ONU condenam ataque israelense que resultou na morte de cinco jornalistas em hospital em Gaza, agravando a crise humanitária na região.

Um ataque aéreo realizado por Israel contra o hospital Nasser, localizado em Khan Yunis, Gaza, resultou na morte de 21 pessoas, incluindo cinco jornalistas. Este trágico incidente, ocorrido no dia 25 de agosto, despertou uma forte condenação por parte de diversas organizações internacionais, entre elas a Organização Mundial da Saúde (OMS) e as Nações Unidas (ONU), que expressaram indignação frente ao que qualificaram como uma grave violação dos direitos humanos e do direito internacional.

As Forças de Defesa de Israel (FDI) reconheceram a realização do bombardeio e lamentaram as mortes dos jornalistas, afirmando em uma declaração que têm como objetivo minimizar os danos a civis. No entanto, as reações à ação militar foram contundentes, com Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, utilizando as redes sociais para solicitar um cessar-fogo imediato e criticar os incessantes ataques às estruturas de saúde. Em sua mensagem, ele ressaltou a precariedade da situação em Gaza, que já enfrenta uma crise humanitária, exacerbada pelo aumento das hostilidades.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, também se manifestou, denunciando os assassinatos de civis, incluindo profissionais de saúde e jornalistas, como um ato inaceitável. A ONU expressou preocupação com a segurança da população civil em Gaza, instando todas as partes a respeitarem os princípios do direito humanitário internacional.

Com esse ataque, o número total de mortes em Gaza desde o início do conflito em outubro de 2023 ultrapassou 62 mil, segundo dados de fontes árabes, refletindo uma situação desesperadora e alarmante. Nas primeiras horas do dia, outro jornalista, que não estava envolvido no ataque ao hospital, foi logo considerado mais uma vítima na intensificação dos conflitos em Khan Younis.

O que ocorreu em Gaza acende um alerta sobre a proteção de jornalistas em zonas de conflito, questionando a segurança dos profissionais que se arriscam para cobrir a realidade local em meio ao caos e à violência. A comunidade internacional deve ser despertada para essas graves dinâmicas, que não apenas comprometem a segurança dos jornalistas, mas também geram um impacto profundo na liberdade de expressão e na democracia.

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