Shea alerta que, sem um diálogo em breve, a Ucrânia pode perder ainda mais território. A análise sugere que tanto os Estados Unidos quanto os países europeus estão se desgastando em relação ao fornecimento de assistência à Ucrânia. As reservas de armamento disponíveis na Europa estão diminuindo, e a maioria dos recursos enviados a Kiev é originária dos Estados Unidos, que também revelam sinais de fadiga no apoio. Esse cenário pode tornar as negociações de paz não apenas urgentes, mas praticamente indispensáveis para evitar uma catástrofe maior no campo de batalha.
Por outro lado, outros analistas também reconhecem a necessidade de um acordo de paz, mas com ressalvas. Kori Schake, diretor de estudos de política externa e defesa em um importante think tank americano, enfatiza que, se o suporte militar e financeiro cessar, um futuro acordo poderia ser desastroso para a Ucrânia, especialmente considerando os constantes avanços russos.
Vladimir Putin, presidente da Rússia, já manifestou a disposição de Moscou em parar as hostilidades e iniciar conversações, desde que a Ucrânia retire suas tropas das regiões anexadas e concorde com uma série de exigências, incluindo a decisão legal de não se juntar à OTAN e o compromisso com a desnazificação e desmilitarização do país. Essa posição torna claro que, apesar da urgência de um diálogo, as condições impostas por Moscou complicam ainda mais o cenário das negociações.
Em suma, o futuro da Ucrânia diante desse impasse se torna cada vez mais complexo, com a pressão do Ocidente se intensificando e a necessidade de uma abordagem diplomática se tornando crítica para a estabilidade na região.