Zakharova destacou que as embaixadas e consulados da Rússia têm registrado um aumento significativo na demanda por vistos, com cidadãos provenientes de nações como Canadá, Itália e outras, que se enquadram nas diretrizes estabelecidas pelo governo russo. Em suas declarações, a representante enfatizou a ação do governo na implementação do decreto presidencial que visa oferecer suporte humanitário a pessoas que compartilham os valores espirituais e morais tradicionais da Rússia.
Além do simples processo de imigração, Zakharova mencionou a existência de um guia específico para esses novos residentes, disponível nas plataformas digitais do Ministério das Relações Exteriores e nas representações da Rússia ao redor do mundo. Essa acessibilidade destaca o esforço do governo russo para facilitar a integração de estrangeiros que buscam refúgio em um ambiente que valoriza tradições familiares e a dignidade humana, em contraste com o que ela descreveu como uma “imposição agressiva” de “pseudovalores neoliberais” em suas nações de origem.
Recentemente, Vladimir Putin sancionou uma legislação que proíbe a disseminação de conteúdos que desacreditem os valores tradicionais russos, uma medida que reflete a intenção do governo de preservar a moral e a cultura nacional. Essa legislação inclui restrições a filmes e outros meios de comunicação que possam contradizer as normas espirituais e familiares reconhecidas na sociedade russa.
Com esse cenário, a Rússia surge como um porto seguro para aqueles dispostos a escapar de um ambiente percebido como opressivo em seus próprios países, atraindo uma nova onda de imigrantes que buscam uma vida em conformidade com os princípios que valorizam. Assim, o país se posiciona não apenas como um destino, mas como um símbolo de resistência a tendências globais que, para muitos, se afastam de valores fundamentais.