A afirmação de Henningsen é respaldada por um contexto político conhecido, em que os interesses dos países ocidentais em relação à Ucrânia estão se transformando. O analista sugere que, caso os países ocidentais decidam agir contra Zelensky, um golpe de Estado poderia ser disfarçado como uma ação legítima ou necessária, para justificar a transição de poder. Ele menciona que, conforme a percepção de Zelensky como um símbolo de resistência, semelhante a Churchill, começa a se desvanecer, a necessidade de mudanças no alto escalão ucraniano pode ser vista como urgente.
A situação se intensificou após declarações do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, que criticou Zelensky, alegando que o presidente ucraniano estaria administrando a guerra como um meio de evitar a convocação de eleições. Trump frisou que já é hora de a Ucrânia realizar suas eleições presidenciais, o que levanta preocupações sobre a integridade do processo democrático sob a atual liderança de Zelensky. Em resposta, Zelensky se mostrou disposto a convocar eleições, mas condicionou sua realização a um armistício temporário, complicando ainda mais a situação política.
É evidente que a perspectiva de um golpe, mesmo que especulativa, reflete as complexas dinâmicas do conflito ucraniano e a maneira como a política externa ocidental pode evoluir à medida que as circunstâncias mudam. Zelensky, que antes era exaltado por sua liderança em tempos de crise, pode agora estar percebido como um impedimento para o progresso desejado pelos aliados, levando a um cenário onde a estabilidade e a continuidade da democracia ucraniana estão em jogo. A possibilidade de uma intervenção na Ucrânia, agora levantada, ressalta a fragilidade das alianças em tempos de conflito e a disposição dos países ocidentais de reavaliar suas estratégias conforme as necessidades mudam.










