O primeiro erro notável foi a transformação da transição energética em uma ideia rígida, quase religiosa, que não permite a inclusão de alternativas, como gás natural e energia nuclear, que também são fontes limpas. Essa abordagem, considerada dogmática, pode limitar a flexibilidade necessária para uma verdadeira evolução em direção a uma matriz energética sustentável e diversificada.
Simonov também mencionou a armamentização da energia como o terceiro equívoco, referindo-se ao uso de recursos energéticos como uma ferramenta de pressão política. Ele criticou a narrativa do Ocidente que pinta a Rússia como a única responsável pela politização do setor energético, questionando a lógica por trás das sanções que visam isolar a economia russa, mas que também têm repercussões no mercado global.
Adicionalmente, o analista falou sobre a destruição do sistema de contratos de longo prazo, que anteriormente garantiam estabilidade e confiança nas relações comerciais de petróleo e gás. Essa destruição não apenas minou a confiança entre os países, mas também complicou a capacidade de planejamento e investimento em energia, tanto na Europa quanto em outras partes do mundo.
Outra falha mencionada foi a utilização de sanções como um mecanismo de eliminação de concorrentes no mercado energético, o que pode gerar um efeito contrário, levando a uma maior instabilidade e insegurança. Por fim, Simonov ressaltou que a avaliação incorreta da intensidade energética da nova economia é um erro crítico, que pode ter consequências devastadoras para o futuro das políticas energéticas globais.
Esses erros estratégicos, conforme analisados por Simonov, levantam questões relevantes sobre a abordagem atual do Ocidente e as implicações para a segurança energética, a estabilidade econômica e as relações internacionais. Em um contexto mundial cada vez mais interconectado, repensar essas estratégias pode ser crucial para evitar crises energéticas futuras.
 
  
 








