De acordo com a reclamação apresentada pela OAB, as atividades de coaching e mentorias oferecidas por Bretas são incompatíveis com a função de magistrado, uma vez que não se relacionam com o ensino, formação ou aperfeiçoamento jurídico. O juiz, conhecido por sua atuação na Operação Lava Jato, estaria promovendo cursos de desenvolvimento pessoal e liderança por valores que chegam a R$ 2.497.
Marcelo Bretas reagiu às acusações em seu perfil no antigo Twitter, onde afirmou que a Capacitação online oferecida por ele é um Curso de Extensão Universitária com registro no MEC e não se trata de coaching. Vale ressaltar que o juiz está afastado de suas funções desde 2023, quando o CNJ abriu processos disciplinares para investigar sua conduta profissional.
Além das acusações relacionadas aos cursos de coaching, Bretas também é acusado de negociar penas, orientar advogados, pressionar investigados e combinar estratégias com o Ministério Público Federal em acordos de colaboração premiada. Tais condutas levaram a abertura de processos disciplinares e seu afastamento do cargo.
A atuação de Marcelo Bretas nas redes sociais também é alvo de críticas, uma vez que as resoluções do CNJ proíbem magistrados de exercer atividades de coaching e restringem a autopromoção em redes sociais. A OAB-RJ destaca que tais práticas vão contra as normas estabelecidas pelo Conselho Nacional de Justiça. A decisão da Corregedoria do CNJ em relação a este caso será fundamental para definir os próximos passos neste processo.