A Petrobras anunciou que irá elevar os preços da gasolina e do diesel em suas refinarias a partir de amanhã. O preço da gasolina sofrerá um aumento de 16,2%, chegando a R$ 2,93 por litro, enquanto o preço do diesel subirá para R$ 3,80 por litro, uma alta de 25,8%. Essa medida tem o objetivo de reduzir a defasagem em relação ao mercado internacional e minimizar o risco de falta de combustível no país.
Campos Neto também reforçou a ideia de que o Brasil está passando por um momento de “pouso suave” na inflação, com pouco impacto no crescimento econômico. Ele mencionou as revisões para cima nas projeções do Produto Interno Bruto (PIB) para 2023. No entanto, o presidente do Banco Central destacou as dificuldades estruturais de reduzir os gastos públicos no país, mencionando o desajuste tanto nas estimativas de inflação como no resultado fiscal.
No início deste mês, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu reduzir os juros básicos em 0,50 ponto percentual, para 13,25% ao ano. Essa decisão foi surpreendente para parte do mercado, que esperava uma queda mais gradual. O Copom indicou que manterá o ritmo de cortes nas próximas reuniões.
Campos Neto ressaltou que o Brasil está entre os poucos países com uma inflação dentro da meta para os próximos anos, enquanto países avançados estão lidando com uma desaceleração mais lenta. Ele também destacou que o Brasil e o Chile estão conseguindo desacelerar a inflação de forma mais rápida entre os países emergentes. O presidente do Banco Central ainda comparou a taxa de juros de 11% no Chile com a do Brasil, considerando-a muito alta.
É importante destacar que mesmo com o reajuste nos preços dos combustíveis, o Banco Central mantém sua perspectiva de inflação dentro da meta. O impacto desse aumento deve ser monitorado nos próximos meses para avaliar possíveis consequências na economia brasileira.