Em uma audiência pública conjunta das Comissões de Serviços de Infraestrutura e de Desenvolvimento Regional, Prates apresentou o plano de atuação da empresa e explicou a nova política de preços. Ele afirmou que a Petrobras foi criada para resolver o problema da dependência da importação de petróleo e que o objetivo sempre foi alcançar a autossuficiência nesse setor.
Na última terça-feira, a Petrobras anunciou um aumento nos preços da gasolina e do diesel nas refinarias. A gasolina teve um aumento de 16,2%, enquanto o diesel subiu 25,8%. Esse foi o primeiro aumento dos combustíveis desde que Prates assumiu a presidência da empresa, em janeiro deste ano.
O reajuste deve ter um impacto de 0,40 ponto percentual no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de acordo com o presidente do Banco Central. A Petrobras justificou o aumento dos preços pela pressão externa, com o aumento do preço do petróleo no mercado internacional. No entanto, os preços no Brasil ainda estão defasados em relação ao mercado internacional, segundo a Abicom, com a gasolina ficando 21,6% mais barata.
Isso se deve à nova política de preços adotada pela Petrobras em maio, que considera não apenas o preço internacional do petróleo, mas também as condições de refino e logística da empresa. Segundo a Petrobras, essa nova política permitiu uma redução na volatilidade dos preços da gasolina e do diesel.
Prates defendeu a nova política de preços, afirmando que os preços de referência do mercado internacional não são os praticados pela Petrobras e que a empresa não está tendo prejuízos. Ele destacou que a busca pela independência na importação de petróleo é um dos objetivos da empresa e que o PPI vai contra essa estratégia.
Em conclusão, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, criticou a política de paridade de importação e defendeu a nova política de preços da empresa. O aumento dos preços da gasolina e do diesel foi justificado pela pressão externa, mas ainda há uma defasagem em relação ao mercado internacional. A nova política busca reduzir a volatilidade dos preços e garantir a lucratividade da Petrobras.
