O advogado da família Bolsonaro, Frederick Wassef, teve seu celular apreendido após ser alvo de busca realizada pela Polícia Federal.



Na noite desta quarta-feira, o advogado Frederick Wassef foi alvo de uma busca realizada pela Polícia Federal (PF), autorizada pela Justiça. A ação ocorreu após Wassef admitir ter recomprado um relógio Rolex que havia sido vendido ilegalmente nos Estados Unidos por Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro na Presidência. Segundo informações obtidas pelo site G1, o advogado foi localizado em uma churrascaria em um shopping na Zona Sul de São Paulo, onde teve seu celular apreendido.

De acordo com relatos de pessoas que acompanharam a ação da PF, Wassef não resistiu à abordagem, apesar de ter ficado surpreso com a presença dos agentes. Além disso, o carro do advogado também foi revistado durante a busca.

A ação da PF foi necessária pois Wassef não havia sido localizado na sexta-feira passada, durante a deflagração de uma operação que investigava a venda e recompra irregular de joias destinadas à União, durante o governo Bolsonaro.

Em uma entrevista coletiva realizada na quarta-feira pela manhã em São Paulo, Wassef afirmou ter comprado o relógio Rolex com dinheiro pessoal e em espécie, o que teria garantido um desconto de US$ 11 mil. Ele apresentou aos jornalistas um recibo de compra no valor de US$ 49 mil, além de um recibo de saque no valor de US$ 35 mil. Segundo o advogado, a compra teria sido declarada à Receita Federal.

A PF informou que Wassef teria entregue o relógio a Mauro Cid em um encontro na Sociedade Hípica Paulista, em São Paulo. O general Cid é conhecido por revender joias de Bolsonaro nos Estados Unidos e teria auxiliado Wassef na recompra do Rolex, com o objetivo de entregá-lo ao Tribunal de Contas da União.

Vale ressaltar que aliados de Bolsonaro têm avaliado a entrevista concedida por Wassef como um “desastre” e têm chamado o advogado de “Wasséfalo”. Além disso, há preocupação por parte dos militares com relação ao conteúdo do celular de Mauro Cid, que agora está sob posse da PF.

A investigação sobre a compra e recompra de joias destinadas à União durante o governo Bolsonaro ainda está em curso e busca esclarecer os detalhes e possíveis irregularidades envolvidas nessas transações.

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