A justificativa da Novo Nordisk para essa nova diretriz é fundamentada na busca por promover um ambiente de pertencimento e fortalecer conexões interpessoais entre os funcionários. A empresa acredita que, ao reunir os profissionais em um mesmo espaço físico, haverá um incremento nas relações profissionais, uma melhora na colaboração entre equipes e um aumento na eficiência dos processos decisórios. No entanto, a farmacêutica acrescentou que será possível estabelecer “acordos individuais” com os gestores, o que poderá proporcionar uma certa flexibilidade nas condições de trabalho, dependendo das necessidades de cada departamento.
O clima no mercado deve ser observado atentamente, especialmente após o anúncio das demissões, que desencadeou uma queda nas ações da companhia. Desde o meio deste ano, a Novo Nordisk já perdeu impressionantes US$ 450 bilhões em valor de mercado, um reflexo da crescente concorrência, especialmente da rival Eli Lilly, que apresenta uma forte presença no setor farmacêutico nos Estados Unidos.
Os cortes de empregos, que incluem 5 mil postos na Dinamarca, um país onde demissões em massa são uma raridade, visam gerar uma economia significativa para a companhia. A expectativa é que esses cortes resultem em uma redução de custos de cerca de 8 bilhões de coroas dinamarquesas, equivalentes a aproximadamente US$ 1,3 bilhão. A empresa afirmou que esse montante será reinvestido no desenvolvimento de novos medicamentos, destacando sua intenção de continuar impulsionando inovações na área da saúde, apesar dos desafios do mercado. Essa combinação de volta ao escritório e a reestruturação da força de trabalho revela um movimento audacioso da farmacêutica em meio a um cenário competitivo e desafiador.